1 de novembro de 2011

mas ela ainda o-amava

[…] Ela não costumava se apegar demais, mas ai ele chegou, e não foi apenas um apego, foi amor. Daqueles que machuca por não poder ter, por não poder tocar, chegar perto, estar junto. Do lado. Mas não era um amor comum, era amor de verdade. Era forte, intenso, intenso até demais… Que chegava a doer. Ela deitava na cama, pegava o urso, e o abraçava, na esperança de que aquele abraço pudesse ser o dele. Mas não era. Porque ela sabia que nada podia substituir o abraço dele. Então ela lembrava dos risos, dos sorrisos, dos ”eu te amo”, dos ciúmes fofos, da voz, do jeito, e não podia se conter, então ela chorava. Chorava pra tentar esvaziar o coração. Mas nem sempre conseguia. Porque ela o queria, queria por perto. Ela orava todas as noites: ”Deus, cuida dele por mim..”, e Deus cuidava, cuidava tão bem. Ela sentia uma falta, uma falta tão danada dele. Então um dia ela tava andando na rua, e viu um casal de velhinhos do outro lado, e eles estavam de mãos dadas, e adivinha? Ela se lembrou, do que ele tinha dito ”Um dia eu ainda vou casar com você, e iremos ficar velhinhos juntos”, e ela sorriu. Mas com a plena consciência de que tudo isso, foram apenas ‘‘lembranças”.
- Palavrasquevoam

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