A Santíssima Trindade, desde toda a Eternidade criou Maria para ser a Mãe de Jesus, o Filho mais amado do Pai (cf. Rom 8,28-30)
Em Maria estava contida a esperança de Israel, mas também a certeza eterna do Paraíso para o povo de toda a terra.
No tempo antigo, depois da provação de Adão e Eva, o gênero humano mereceu ser destruído por causa da desobediência a Deus, do pecado.
Mas Deus Trino nos deu Maria... E esta criança venceu satanás...
A partir do nascimento de Maria: Cada um que A ama encontrará o caminho de volta para Deus.
Ana levou a pequena Maria quando tinha 05 anos, para viver no Templo.
Antes, Maria recebeu no lar formado por seus pais todo o tesouro de tradições da Casa de Davi, foi nele que conheceu as profecias sobre a chegada do Messias, ao lugar do Seu nascimento.
O nome do esposo que à Deus era agradável foi escolhido para Maria.
Em dois feixes de galhos secos, foram escritos os nomes de todos os homens da Casa de Davi. Estes feixes foram colocados sobre uma mesa com todo cuidado por um Levita.
Aproximou-se então o Sumo Sacerdote com os anciãos, pois um dos feixes de galho seco havia florescido milagrosamente.
Era o nome de um justo: José, filho de Jacó de Belém, da Tribo de Davi. Ele carpinteiro de Nazaré da Galiléia.
O Sumo Sacerdote chamou José e Maria, os abençoou. E Maria voltou com José para Nazaré.
José foi santo e sua santidade consistiu, principalmente em preservar a virgindade de Maria.
O casto José transformou em heroísmo angélico sua santidade.
Maria nunca pensou que fosse Ela a escolhida sem mácula. Porém Deus A preservou porque desejava habitar NELA, e queria encontrar um santuário puro e perfeito.
O Espírito de Deus ensinou a Maria a dor que o Pai sentia pela traição de Eva, e Maria tinha o propósito de diminuir essa dor do Pai, preservando-se Virgem no corpo, na alma e no espírito.
No Templo adorava a Deus em Espírito e em verdade; apressava, por suas orações e ardentes desejos, a vinda do Messias Salvador.
O Arcanjo Gabriel se aproxima da Virgem de Nazaré e saúda: “Ave cheia de Graça” (Lucas 1,28).
“O Senhor é convosco e bendita Sois” (Lc 1,28-42).
Maria perturbou-se ao ouvir estas palavras, pois Ela conhecia bem; a Escritura... E pela clareza, fé incomparável; profundo amor e os Dons do Espírito Santo; Ela entendeu a mensagem Daquele enviado de Deus.
Acreditou que a Palavra vinha de Deus porque se alastrou grande paz Nela quando escutou o Arcanjo Gabriel, e Sua alma abriu-se completamente ao que o Senhor Lhe iria pedir.
Deus deu liberdade a Virgem para decidir-Se.
O Anjo apressou-se para tranqüilizá-la: “Não temas Maria, pois achaste graça diante de Deus. Eis que conceberás no Teu Seio e darás a Luz um Filho, a quem porás o Nome de Jesus. Ele será grande e será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus Lhe dará o Trono de Davi, Seu Pai, e Ele reinará eternamente na Casa de Jacó, e o Seu Reino não terá fim.”
Quando Maria entendeu os desígnios de Deus sobre Ela, encheu-Se de alegria. Mas quando Ela hesitou em aceitar a dignidade de Mãe do Verbo, julgando-A incompatível com Seu voto de virgindade, perguntou: “Como vai acontecer isto se não conheço um homem?” (Lucas 1,34); o Anjo Lhe assegurou que a Sua maternidade seria Obra do Espírito Santo: “O Espírito Santo descerá sobre vós” (Lucas 1,35)
A Virgem então deu testemunho do Espírito, manifestou a Sua correspondência a esta vida de Deus em Si por esta expressão bendita, uma das mais belas que o mundo ouviu: “Ecce Ancilla Domini”. “Fiat! Que se faça em Mim segundo a Vossa Palavra” (Lucas 1,38)
Maria falou o “Sim”, com isto anulou o “não” de Eva às Leis do Amor de Deus.
A Virgem ao conhecer por meio do Anjo o estado de Isabel, colocou-Se a caminho para prestar ajuda nas tarefas da casa.
Na ajuda humana de Maria à Sua prima Santa Isabel, Deus concedeu uma graça sobrenatural inesperada: santificou o bom propósito de Maria com a santificação do fruto de Isabel: João Batista, desde antes do seu nascimento. Deus diminuiu os sofrimentos físicos da madura Isabel, que ainda concebeu em idade avançada.
Na saudação da Santíssima Virgem à Isabel, João Batista saltou no ventre, ele deu a primeira mensagem como proclamador da Palavra, através do véu e das paredes de carne e sangue que o separava de Maria; e unido com a sua mãe Isabel que proclamou em voz alta: O Magnificat (Lucas 1,42-47).
Maria sentia grande paz na casa de Isabel.
Mas sempre se preocupava com José que havia ficado em Nazaré.
Entre os judeus, o matrimônio, constava de dois atos: os esponsais e as núpcias. Os esponsais já constituíam verdadeiro matrimônio. Segundo o costume vigente decorria um ano entre os esponsais e as núpcias, e foi neste tempo que a Virgem Maria recebeu a visita do Anjo e que o Filho de Deus se encarnou em Seu seio. (Mateus 1,18)
Ao voltar de Sua prima Isabel duraram dias a provação de José, como um barco na tempestade ele se encontrava... Aparentemente homem traído, ele viu seu bom nome e respeito caírem pelo chão.
Embora Maria soubesse da dor de José, Ela não podia por Si mesma contar, pois Deus Lhe pedira: “Silencia-Te”
José homem de bem, não querendo difamar publicamente Maria (Mateus 1,19), decidiu deixá-La secretamente.
Maria sofreu por causa de José, Ela tinha medo que ele faltasse contra a caridade.
Apareceu então um Anjo a José e disse-lhe: “Deixai ao Senhor a preocupação de vos proclamar como Seus servos”
Assim José recebeu em sonhos a revelação do Mistério Divino que se tinha operado em Maria, e foi-lhe pedido que A recebesse como Esposa (Mateus 1,20-24)
Quando ele soube que o Filho que Maria trazia em Seu Seio era fruto do Espírito Santo; que Ela seria a Mãe do Salvador; recebeu-A em todo o mistério da Sua maternidade junto com o Filho que havia de vir ao mundo. E assim amou-A mais do que nunca.
“Aconteceu, pois, que naqueles dias saiu um Edito de César Augusto para que todo o orbe se recenseasse” (Lucas 2,1)
José acompanhado por Maria, resignadamente recebem o Decreto de César e dirigem-se a caminho para a terra de Judá, para a Cidade de Belém, para recensear-se. “Deus providenciou o Decreto de César Augusto, para que José e Maria fossem a Belém, para recensear-se. “Deus providenciou o Decreto de César Augusto, para que José e Maria fossem a Belém, para que se cumprisse a escritura: Em Belém nasceria Jesus” (Miquéias 5,1 ss).
Depois de uma viagem de quatro ou cinco dias, por caminhos em más condições, chegaram a Belém muito cansados, especialmente a Virgem devido ao Estado em que Se encontrava. E ali, na cidade dos seus antepassados, não conseguiram lugar para alojar-se. Não havia lugar para eles na estalagem (Lucas 2,7), nem nas casas em que José pediu pousada para o Filho de Deus que palpitava no Seio Puríssimo de Maria.
É possível que alguém lhes falara de umas covas naturais que serviam de estábulo, à saída do povoado...
Então Eles se dirigiram até uma delas e ali instalaram seus pertences que trouxeram de Nazaré.
E naquele lugar, com a simplicidade mais absoluta, deu-se o maior acontecimento da humanidade: “Estando Eles ali, completaram-se os dias do seu parto (Lucas 2,6). Maria envolve com imenso amor a criança recém-nascida em uns panos e deitou-A numa manjedoura” (Lucas 2,7)
“O que acontece no estábulo, na Gruta da Montanha, tem uma dimensão de profunda intimidade: É algo que acontece entre a Mãe e o Menino que vai nascer. Ninguém de fora pode entrar. Mesmo José o carpinteiro de Nazaré, permanece como testemunha silenciosa. É a festa da Mãe”.
É noite Santa de Natal, a família Sagrada repousa num estábulo, na Gruta da Montanha, aos arredores de Belém.
Jesus, Maria e José estão a sós.
Mas Deus procurou gente simples para acompanhá-los: “Nas pastagens aos arredores da antiga cidadezinha de Belém. Homens vigiavam a luz de uma fogueira, seus rebanhos dormiam ao redor, o silêncio dominava. Nesta primeira noite a profecia cumpre-se unicamente neles. A glória do Senhor envolveu-os com a Sua luz” (Lucas 2,8-9), foi quando um Anjo envolvido no Brilho de sua magnificência Divina de súbito estava a sua frente, dizendo: “Achareis uma criancinha envolvida em faixas e deitado numa manjedoura (Lucas 2,10-12).
A mensagem do Anjo enchera de júbilo o coração e ânimo dos pastores e puseram-se a caminho... No meio da escuridão.
Os pastores puseram-se a caminho levando o que tinham a seu alcance: Um cordeiro, um queijo, manteiga, leite, pão. Maria e José ficaram surpreendidos e alegres, e convidaram os tímidos Pastores para entrarem e verem o Menino, e deixou-os beijar e cantar, e perto da manjedoura dispuseram seus presentes. (Lucas 2,12-14)
É este o mistério fascinante desta noite Santa de Natal. A noite da maior elevação do homem, onde Ele encontra sua origem.
O Filho de Deus torna-Se Homem através do Espírito Santo e os filhos dos homens se tornaram filhos adotivos de Deus que recebem o direito de chamá-LO “Aba, querido Pai” (Rom. 8,15 e Gal 4,6).
Esta é a causa da nossa alegria do Natal; alegria de todos: dos Pastores, dos Reis Magos, dos Bispos, dos Sacerdotes, das crianças, das famílias.
Vamos ouvir nosso Bom Anjo a nos chamar para o caminho de Belém!
O caminho para o Sacrário das nossas Igrejas.
Respondamos generosamente como os pastores a Seu convite. Vamos bem depressa como eles para ver e descobrir o que o Amor de Deus aí nos preparou. Feliz aquele que se tornou pobre e percebeu como a Criança de Belém continua presente no meio de nós.
Vamos até Belém- A Casa do Pão- Casa de Deus aqui na terra, a nossa Igreja, onde, não numa manjedoura, mas no Sacrário se acha Jesus Pequenino na Hóstia pequena, Envolto em faixas Brancas sob o Véu da Hóstia Branca, Jesus vivo e verdadeiro, como “Pão Vivo descido dos Céus” (Jo 6,51)
O Mistério de Belém está presente e continua sob o Véu do Sacramento da Santíssima Eucaristia, assim hoje, amanhã e sempre poderemos achar a Jesus como Ele outrora Se deixou achar pelos Pastores na Gruta de Belém.
E mais tarde pelos Reis Magos... Que representam os povos de todas as línguas e nações que se põem a caminho, chamados por Deus, para adorar Jesus.
“Ao saírem os Magos de Jerusalém, a estrela que tinham visto no Oriente precedia-os, até que se deteve em cima do lugar onde estava o Menino. Ao verem a estrela, eles sentiram uma imensa alegria.”
Os Magos foram os primeiros entre os gentios a adorá-Lo, quando o mundo ainda O desconhecia.
Eles entraram na Casa e ao verem o Menino com Maria, sua Mãe, prostraram e O adoraram. E abrindo os seus tesouros, ofereceram-Lhe presentes de ouro, incenso e mirra. Os dons mais preciosos do Oriente, o melhor para Deus.
Lhe ofereceram ouro, símbolo da realeza. Nós podemos oferecer ao Menino Deus “O Ouro fino do espírito de desprendimento do dinheiro e dos meios materiais”, em sinal de submissão a Ele.
Lhe ofereceram o incenso, o perfume que era queimado todas as tardes no altar como símbolo da esperança do Messias.
Nós podemos oferecer à Ele o incenso do nosso desejo- que sobe até o Senhor- de levar uma vida nobre; as nossas virtudes: a justiça, a lealdade, a fidelidade, a compreensão, a generosidade, a alegria, das quais se desprende, o perfume de Cristo.
Os Reis Magos Lhe ofereceram também a mirra, porque Deus encarnado tomará sobre Si as nossas enfermidades e carregará as nossas dores.
A mirra nos traz a lembrança da Paixão do Senhor: na Cruz deram-Lhe a beber mirra misturada com vinho; e com mirra ungiram o Seu Corpo para a sepultura.
Nós podemos oferecer todos os nossos sofrimentos e sacrifícios a Nosso Senhor.
Peçamos a estes santos Reis que nos ensinem o caminho que leva à Cristo, a fim de que cada dia lhe levemos nosso ouro, incenso e mirra.
Depois a Sagrada Família voltou para Nazaré... E o Menino Jesus crescia em graça e santidade!
Feliz Natal Leitor (a) Lindo (a), e que Jesus nasça em seu coração, renovando sua vida, com muita paz, saúde, com amor e fé.
Fonte: Texto
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