1. AS PESSOAS SÃO LIVRES, MELHOR ACEITAR ISSO
Que mania essa de dizer que as pessoas tem dono em um relacionamento. Na verdade, as pessoas são livres, sempre foram. Outro dia, ouvi um homem dizer que perdeu, talvez, o amor de sua vida, disse também que não conseguia se concentrar mais no trabalho nem fazer as coisas darem certo pra ele. Depois ele se culpou, dizendo que poderia ter feito mais do que fez e que poderia não ter feito tanta bobagem como fez. Quem nunca se culpou pela partida de alguém que atire a primeira pedra, mas se culpar não ameniza nenhuma dor. Quando alguém parte dos nossos braços, quando alguém se despede, desaparece ou simplesmente encerra o que queríamos continuar, o melhor que devemos fazer é aceitar. É ganancioso querer cuidar do outro quando o outro não quer mais ser cuidado por você. É desastroso implorar pra que o outro fique quando o outro decidiu partir justamente por não ter mais motivos pra ficar. Então, melhor aceitar que as pessoas são livres e que, por mais doloroso que possa ser pra gente, perder faz parte do exercício de aprendizagem.
2. VOCÊ SE TORNA IMPORTANTE PROS OUTROS QUANDO PASSA A SER IMPORTANTE PRA SI MESMA(O)
Uma vez, ouvi uma moça dizer pra uma amiga: ”ele me traiu”. No meio das frases com palavras desorganizadas, mas com o mesmo sentido de arrependimento, ela perguntou para amiga o que faria a essa altura do campeonato. Juro que quase entrei na conversa pra aconselhar a moça a se enxergar, cuidar de si mesma e seguir a vida. Mas logo percebi que dizer isso não iria adiantar muita coisa porque quando a gente esquece da gente e passa a colocar o outro como mais importante do que nós mesmos, a gente se torna o coadjuvante da nossa própria dor. Quando alguém que se tornou importante pra gente nos decepciona, a decepção é maior, talvez o peso de 12 elefantes seja fichinha pra situação, e eu, não seria capaz de tirar nem um elefante das costas dessa moça, então o melhor foi torcer: Agora, é aprender a seguir em frente e entender que antes do outro, existe a gente.
3. ÀS VEZES IR EMBORA MACHUCA MENOS DO QUE IR ATÉ ONDE NÃO DEVERÍAMOS
Outro dia, vi uma publicação no Facebook que dizia: quem ama mesmo, nunca desiste! Foi então que comecei a me questionar: E se o outro não mais te respeitar? E se o outro te trair, e trair, e trair de novo, e mais uma vez? E se o outro te enganar, mentir, maltratar? Mesmo assim vale a pena continuar por amor? Às vezes, o problema é a gente acreditar que o amor é capaz de engolir todos os sapos, que o amor, por ser um sentimento tão verdadeiro, é capaz de perdoar, esquecer, ser maltratado, escanteado, e principalmente, de continuar sendo amor. O erro é achar que o amor é ficar, permanecer, jamais ir embora. Mas não, ainda bem que não é. Amor é respeito, é verdade, lealdade, transparência, paciência e outros tantos. Se não existe mais respeito, se já esgotou o estoque de tentativas e as promessas são só promessas, melhor ir embora. O amor não é um corretor pro que não conseguimos evitar. Então, vai por mim, ir embora machuca menos do que ir até onde não deveríamos.
4. MELHOR SORRIR SEM ELE(A), DO QUE CHORAR COM ELE(A)
Essa lição já esclarece muito do que deveríamos entender. Num domingo, estava com alguns amigos na mesa do bar e ouvi uma amiga dizer que desde quando ele se foi, ficou difícil pra caralho sorrir. Mas e enquanto ele estava aqui, o que fez? E enquanto ele ficava com você, o que acontecia? E enquanto ele tinha você e você o tinha, o que ele era? Foi então que ela disse que o que ele fez, a fez chorar. E o que aconteceu, a faz chorar. E o que ele se tornou, também a fez chorar. Sabe, apego não é amor. Amor é quando teu riso acalma, quando tua presença protege, quando o teu olhar fala sem você precisar dizer: para com isso, tá doendo! E o outro entende porque existe uma ligação do caralho -que não consigo explicar- mas que a dor é sentida no outro também. Amor não é chorar e achar que depois as lágrimas secam, e logo passa, logo a gente esquece. Se não te fez bem, não te fará falta. Melhor estender o sorriso e desapegar.
5. APRENDA A VIVER SEM AS PESSOAS QUE VIVEM MUITO BEM SEM VOCÊ
Deixei o orgulho de lado porque me falaram que ele não servia pra nada senão pra estocar os meus sentimentos e evitar colocá-los a exposição, assim, tão fácil. E pra te falar a verdade, orgulho não serve pro amor. Liguei, me importei, questionei, cobrei mesmo achando que a gente não deve cobrar das pessoas o que elas não estão dispostas a oferecer, mas cobrei por achar que a minha doação merecia ao menos uma reciprocidade. Corri, me esforcei, disse que estava tudo bem pra mim mesmo não estando, falei que eu poderia fazer mais do que já estava fazendo, mesmo não fazendo mais nada por mim. Numa dessas curvas que a vida dá e a gente capota, eu finalmente, aprendi essa lição. Se não sou tão importante pro outro, por que continuar insistindo que seja realmente importante pra mim? Se vivem muito bem com a minha ausência, por que tentar ser a presença que nem notam? Sabe, viver sem as pessoas que vivem bem sem você, é tirar um peso das costas e desocupar um espaço do peito que pode ser, de fato, dado pra alguém que sinta prazer em ocupar.