(John começa) "Você não tem ideia o quanto os últimos dias significaram para mim", comecei. "Conhecer você foi a melhor coisa que já aconteceu comigo". Hesitei, sabendo que, se parasse agora, nunca seria capaz de dizer a ninguém. "Eu amo você", sussurrei.
Sempre imaginei que seria difícil dizer essas palavras, mas não foi. Nunca tive tanta certeza em toda a minha vida. E, embora esperasse ouvir as mesmas palavras de Savannah, o que mais importava era saber que o amor era meu para dar, sem condições ou expectativas.
Lá fora, o ar esfriava, e as poças d'água brilhavam à luz do luar. As nuvens começaram a se dissipar e uma estrela ocasional brilhou entre elas, como para me lembrar do que eu acabara de admitir.
"Você já tinha imaginado algo assim?", ela perguntou em voz alta. "Você e eu, quero dizer?"
"Não", disse.
"Isso me assusta um pouco."
Meu estômago virou, e, de repente, tive certeza de que ela não sentia o mesmo que eu.
"Você não tem que dizer o mesmo para mim", comecei. "Não foi por isso que eu disse."
"Eu sei", ela interrompeu. "Você não entende. Não estou com medo por causa do que você disse. Fiquei assustada porque também quero dizer. Eu amo você, John."
Até hoje ainda não sei como aconteceu. Em um instante estávamos conversando, no seguinte, ela inclinou- se sobre mim. Por um segundo, quis saber se o beijo quebraria o feitiço que nos envolvia, mas já era tarde demais para parar. Quando os lábios dela tocaram os meus, soube que poderia viver cem anos e visitar o mundo todo e nada se compararia ao momento único em que beijei a mulher dos meus sonhos e soube que meu amor duraria para sempre.
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